Obra da velhice de António Vieira, considerada por ele como sua obra maior, a “Clavis Prophetarum”(ou ‘Chave dos Profetas’, em tradução livre), foi enviada para Roma no final do século XVII, onde se perdeu. Por via de várias cópias dispersas pelo mundo e pelas referências à obra na correspondência de Vieira, sabia-se de sua existência, mas devido ao paradeiro do manuscrito original ser desconhecido há mais de trezentos anos, alguns estudiosos até mesmo negavam sua existência. Mas a investigadora portuguesa Ana Travassos Valdez encontrou o original em 2020, junto ao estudioso Arnaldo Espírito Santo.

Na sessão organizada para anunciar a descoberta, em Lisboa, Ana Travassos Valdez explicou que encontrou o documento original na biblioteca da Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, onde ainda está depositado. Sobre o momento da descoberta, recordou “uma tarde épica a comparar manuscritos”, incrédula de que aqueles “cadernos desorganizados”, com papéis de vários tipos, eram a obra dada como perdida, e que nenhum outro investigador os tinha identificado como sendo o manuscrito original.
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